Uma confusão seguida de agressões e tiros quase termina em tragédia em Maringá. Já era noite de quarta-feira (17) quando o coronel da reserva da Polícia Militar, Paulo Sérgio Larson Carstens, usou uma pistola calibre 380 para atirar mais de dez vezes contra um motorista de aplicativo.
A ocorrência foi registrada na frente de um prédio localizado na Avenida Horácio Raccanello Filho, quase esquina com Avenida Paraná. O coronel Carstens que atualmente é secretário de Recursos de Materiais, Abastecimento e Logística da Prefeitura de Maringá, chegava com sua esposa no edifício quando houve a confusão.
O motorista de aplicativo estacionou seu veículo Renault Sandero perto do portão da garagem para aguardar uma moça que tinha solicitado uma corrida. A esposa do coronel desceu do veículo do marido e pediu para que o motorista de aplicativo saísse com o carro da frente do portão.
O motorista de app então se recusou em deixar o local. O coronel Carstens então teria colidido sua camionete contra a traseira do carro do motorista para que o mesmo retirasse o veículo da entrada da garagem. O motorista de aplicativo desceu de seu Renault e foi até a janela da camionete do coronel.
Houve bate boca e agressão do coronel contra o motorista de aplicativo. O motorista de app revidou acertando também um soco contra o policial militar que imediatamente sacou de sua pistola e disparou 12 vezes em via pública.
Quatro tiros atingiram o veículo e os demais no chão. O coronel se ausentou do local levando o aparelho celular da vítima. O motorista de aplicativo disse que foi atingido por um soco. As portas do veículo do motorista de aplicativo ficaram amassadas por causa de chutes.
O coronel Paulo Sérgio Larson Carstens deslocou até o plantão da Polícia Civil onde registrou uma queixa onde se dizia agredido pelo motorista de app. O coronel ainda teria dito que efetuou os disparos para advertir o motorista de aplicativo.
Moradores de edifícios e pessoas que caminhavam pela Avenida Horácio Raccanello ficaram assustados com os estampidos dos tiros. Várias pessoas repudiaram a atitude do coronel da Polícia Militar em ter usado uma arma de fogo na confusão.
"Os tiros podiam ter acertado pessoas inocentes que passavam pelo local", disse um ciclista que utilizava a ciclovia. O Comando do 4º Batalhão deverá abrir um inquérito policial militar para apurar o fato. Já o motorista de app disse que vai levar o caso adiante.
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André Almenara
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