O caso da morte do comerciante Takeo pode complicar ainda mais para o autor do crime que tirou a vida da vítima. O advogado da família Takeo ao analisar o inquérito policial e ler depoimentos, informou ao Ministério Público que não se tratava de um crime de homicídio, mas de latrocínio, roubo seguido de morte. O Ministério Público por sua vez analisando os fatos acatou o pedido do advogado e denunciou o acusado por latrocínio.
O advogado Marco Aurélio de Almeida dos Santos, disse ao repórter André Almenara que o comerciante Edson Takeo Watanabe, de 54 anos, antes de ser baleado e morto entregou o valor de R$ 200 para Francisco Borges Leal, de 58 anos, autor do crime. A quantia foi recuperada pelos policiais militares após a prisão do suspeito que foi abordado fugindo com a arma do crime. "Isso caracteriza latrocínio", disse o advogado.
O acusado ainda vai responder o crime por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal quando o indivíduo visa constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça. O advogado explicou ainda que o latrocínio não é um crime de competência do tribunal do júri. O tribunal do júri julga os crimes contra a vida. O latrocínio é um crime contra o patrimônio de uma pessoa, com resultado morte. "É um crime contra o patrimônio qualificado pelo seu resultado, que foi a morte da vítima", relatou o advogado.
Edson Takeo Watanabe foi morto na madrugada do dia 3 de março em seu bar na avenida Brasil, Vila Operária. O comerciante teria cobrado o cliente de um jogo de baralho quando foi atingido por um tiro. De acordo com informações da PM, Francisco estava no bar jogando e não teria gostado da cobrança. O senhor Edson Takeo foi ferido com um tiro na cabeça. O autor do disparo que atirou no comerciante ainda ameaçou o filho da vítima e conseguiu fugir. Em seguida foi preso.
Francisco Borges Leal está preso na Casa de Custódia de Maringá. Já a família do comerciante espera que a justiça seja feita contra o atirador.
André Almenara