A Polícia Civil do Paraná desarticulou uma quadrilha que movimentou mais de 60 milhões de reais em cinco anos vendendo peças automotivas falsificadas para todo Brasil. Trinta policiais civis do NURCE e COPE de Curitiba com apoio da Polícia Civil de Maringá prenderam sete pessoas no início da manhã desta quinta-feira (5). Foram cumpridos sete mandados de prisão e oito de busca e apreensão em duas empresas que ficam localizadas na Avenida Nildo Ribeiro da Rocha, e ainda policiais foram até Ivaiporã e Sarandi. Foi preso o casal Mauro Januário apontando como sendo líder da quadrilha, sua esposa Valdirene Marini, que são donos das empresas RBS e SMB Automotiva. Foram presos ainda Wesley Weder de Oliveira que é sobrinho e sócio da empresa, Ney José Pereira dos Santos, Antônio de Oliveira que é pai de Wesley e vendedor, Cléia Vieira Marini que é cunhada do líder da quadrilha. Uma outra mulher que é irmã de Wesley estava na casa e foi conduzida para a delegacia. De acordo com os Delegados do NURCE e COPE, Renato Basto Figueroa e Guilherme Dias, a investigação durou cinco meses após denúncia da Associação Brasileira de Combate a Falsificação, ABCF. As empresas comandadas por Mauro Januário seriam responsáveis pela venda ilegal de diversas peças automotivas falsificadas de marcas famosas como Cofap, Mahle e outras. A quadrilha trazia peças da China e revendia para empresas de todo País. No barracão de Januário, as peças eram remarcadas e colocadas em caixas como se fossem originais. As embalagens também eram produzidas pela quadrilha. De acordo com Rodolpho Ramazzini da ABCF, o empresário operava há seis anos revendendo peças. O consumidor que precisava comprar uma peça para seu automóvel adquiria e pagava por um produto original, mas na verdade a peça era falsificada, inclusive arriscando a vida rodando um veículo com peças sem procedência. O Delegado do NURCE ainda reafirmou que muitas lojas de Maringá e região serão fiscalizadas, pois existem muitas peças que foram compradas por esta quadrilha.
André Almenara
