Uma tentativa de fuga na cadeia de Nova Esperança se transformou em uma rebelião com um funcionário público feito de refém. O plano de fuga estava pronto para acontecer no final da noite de sábado (8) quando os agentes de carceragem desconfiaram da movimentação estranha dos presos através do sistema de câmeras. Quando os agentes tentaram impedir uma fuga de quase 90 presos, um agente de carceragem identificado pelo nome de Marco Antônio Villas Boas Machado de 40 anos foi seguro pelos presos, e sua arma particular, uma pistola calibre 380 foi tomada pelos detentos. Um outro agente vendo seu amigo sendo feito de refém conseguiu efetuar um disparo que acertou o preso André de Jesus de 25 anos que foi baleado no braço e outro tiro de raspão na barriga. A Polícia Militar e Civil de Nova Esperança foram chamadas e isolaram o prédio da delegacia até a chegada do Pelotão da ROTAM de Paranavaí. Por volta das 23 horas, os oficiais do Batalhão de Paranavaí, Major Paschoal e Giraldes chegaram para dar início a uma negociação com presos para soltar o refém. No primeiro momento, os presos não quiseram negociar com a polícia, mas garantiam a integridade do agente de carceragem que tinha a sua própria arma apontada em sua cabeça. O repórter André Almenara ainda na cidade de Maringá recebeu uma ligação onde um detento que não quis se identificar pediu para que a imprensa pudesse saber das condições da cadeia. A cadeia de Nova Esperança tem a capacidade para 20 presos, onde abriga atualmente 95. A alimentação é uma das maiores reclamações dos detentos. Os presos alegam que a comida é azeda. Para tentar ajudar a polícia a colocar um fim na rebelião, o repórter André Almenara se deslocou para Nova Esperança onde pode participar das negociações juntamente com as autoridades policiais. O pedido dos presos para soltar o refém era a presença de um advogado e de uma equipe de reportagem, e que o delegado estudasse a possibilidade de transferências de alguns presos. Alguns pedidos foram aceitos na hora em troca da libertação do agente. O detento André de Jesus de 25 anos que foi baleado antes da rebelião ajudou por telefone a conversar com seus comparsas de cela garantindo que a imprensa estava junto com o advogado. Quando foi 4 horas da manhã de domingo (9), os presos entregaram a pistola do agente, e minutos depois soltaram o refém que apresentava alguns ferimentos nas costas e braços. Com a entrada de uma equipe de reportagem, os detentos se entregaram. A juíza de Nova Esperança irá analisar a possibilidade de transferências de alguns presos para tentar diminuir a capacidade de detentos da cadeia da cidade.

PRESOS TERMINAM REBELIÃO EM NOVA ESPERANÇA APÓS NEGOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE ADVOGADO E EQUIPE DE REPORTAGEM DE MARINGÁ.
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