O depoimento durou cerca de duas horas na Delegacia de Homicídios de Maringá. Alessandro da Silva de 32 anos chegou na presença de dois advogados criminais no início da tarde desta terça-feira (21), e logo confessou ter cometido o crime de assassinato contra o comerciante Durval de Souza do Nascimento de 49 anos. mas em legítima defesa. Uma briga por causa de um veículo que estava estacionado em uma vaga na chácara onde acontecia uma festa entre familiares teria sido o motivo do crime. Bruno que é filho de Durval precisava ir embora, e um automóvel estava atrapalhando sua saída. Bruno então foi anunciar no microfone do som que precisava sair e que era para o dono retirar o carro de trás. Alessandro da Silva que é um dos responsáveis pelo local onde estava acontecendo o evento não teria gostado da forma que Bruno agiu. Além de matar Durval, Alessandro ainda desferiu golpes de faca contra o filho da vítima, Bruno Nascimento de 24 anos que continua internado na UTI do Hospital Metropolitano de Sarandi. Um adolescente de 13 anos que levou uma facada nas costas, e uma outra vítima que foi mordida e agredida por Silva durante a confusão no estacionamento da chácara passam bem. O suspeito confessou para o delegado de polícia, Diego Almeida, que também foi agredido por pessoas na festa, e que foi tomou das mãos de um dos agressores para se defender das agressões sofridas. Alessandro da Silva disse no depoimento que não tinha intenção alguma de tirar a vida de ninguém, e que está arrependido. Um dos advogados do suspeito, é delegado aposentado, Maurício de Lima Filho, que hoje é advogado criminal. O advogado de defesa disse que seu cliente vai ficar na cidade e que espera os trabalhos da Delegacia de Homicídios para o final do inquérito policial. Como não havia mandado de prisão, Alessandro Silva foi liberado após ser interrogado pela autoridade policial, e vai responder o crime em liberdade. Para o delegado de polícia, a versão apresentada por Alessandro não convenceu, já que nove testemunhas que estavam na festa já foram ouvidas pelo delegado e alegam o contrário, que a confusão começou por parte de Alessandro.
André Almenara