A polícia civil de Maringá deu uma resposta rápida e esclareceu um assalto que aconteceu na semana passada contra o padre Jeferson Batista da Cruz de 33 anos. O religioso que mora em Paranacity estava passando por Maringá onde tem familiares quando sofreu o roubo. Tanto a polícia militar quanto a civil receberam a informação do padre que o mesmo tinha sido rendido próximo do Shopping Catuaí. O padre Jeferson relatou que tinha acabado de fazer compras no shopping e que quatro homens armados e encapuzados o abordaram dando voz de assalto. No boletim de ocorrência, o religioso contou que depois que foi abordado, foi levado para o Vale Azul, limite entre Maringá e Sarandi, onde foi brutalmente agredido pelos suspeitos e deixado amarrado. Na fuga, seu carro Fox de cor branca e dinheiro foram levados pelos bandidos. A seção de furtos de veículos entrou na investigação e conseguiu chegar até os marginais que praticaram esse assalto contra o padre. Todos envolvidos no crime são menores de 18 anos. Uma equipe policial levou um dos adolescentes até o local exato onde o padre Jeferson foi abordado. O local onde aconteceu o assalto fica próximo da Avenida Colombo quase chegando na Avenida Tuiuti onde é conhecido por encontros de homossexuais e viciados em drogas. A polícia civil recolheu dentro de uma sacola alguns pertences do religioso, uma carteira de habilitação, uma camiseta, toalhas de rosto e um talão de cheque. Um gel lubrificante e um preservativo que estavam no local também foram apreendidos pela polícia civil, mas não se sabe quem estava usando. O adolescente confirmou que seu grupo estava fumando maconha no local quando avistaram um automóvel branco estacionado debaixo de uma árvore com dois homens fora do carro. O menor então com seus outros colegas anunciaram o assalto pedindo o carro e o dinheiro. Na entrevista o adolescente confirma que não bateram no padre como ele relatou para os policiais, e que não existe a versão contada que o religioso foi abordado por quatro homens encapuzados próximo do Catuaí. "Nós pegamos esse homem na rua perto da Tuiuti e não sabíamos que ele era padre" conta o menor. O delegado chefe da polícia civil de Maringá em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (22) afirmou que nos últimos 30 dias aconteceram 4 roubos no mesmo local. Osmir Ferreira Neves ainda ressaltou que o lugar onde o padre foi abordado é perigoso. A polícia civil aguarda que o padre Jeferson Batista seja ouvido para esclarecer os fatos, já que sua primeira versão apresentada para a polícia não condiz com o relato dos menores. Estou aguardando uma nota oficial da Cúria Metropolitana sobre o caso envolvendo o padre Jeferson Batista.
Atualizado: O advogado de defesa do padre emitiu uma nota oficial na tarde desta quarta-feira (22) explicando os fatos que envolvem o religioso Jeferson Batista de Paranacity. O advogado do padre, Laert Mantovani Júnior admitiu que o padre realmente contou uma versão fantasiosa porque tinha medo de uma represália por parte dos bandidos, já que durante o roubo foi ameaçado de morte. O religioso estaria fazendo um trabalho de aconselhamento com homossexuais que já faz há anos como sacerdote.
André Almenara