O funcionário público Edemilson Modesto de 44 anos foi preso por policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Gaeco de Maringá após cumprimento de busca e apreensão em sua casa. Uma investigação aponta que o agente penitenciário que trabalha na Penitenciária Estadual de Maringá facilitava a entrada de drogas e celulares para detentos do presídio. Em sua casa, os agentes do Gaeco apreenderam drogas, celulares, um caderno com anotações de valores recebidos e 4 mil reais em dinheiro. Segundo o promotor de justiça Laércio Januário, escutas telefônicas revelaram que o servidor público mantinha contato com os familiares dos presos. Pela entrada de cada telefone ou porção de entorpecente, o agente cobrava a quantia de R$ 5 mil. O responsável pela operação também reforçou que ferramentas, como serras, brocas e ferros pontiagudos foram apreendidos ao longo do período de monitoramento com outros suspeitos. “Todos esses materiais, que facilitariam escavações e perfurações da estrutura, eram inseridos na unidade por meio da corrupção de agente público. O agente penitenciário vai responder por dois crimes. O repórter André Almenara ficou sabendo na manhã desta quinta-feira (5) que Edemilson Modesto foi transferido para o Complexo Médico Penal de Curitiba. Em depoimento, o funcionário público disse que estava recebdendo ameaças de morte caso não deixasse esses objetos entrarem na cadeia. O problema que nisso tudo há dinheiro. As investigações continuam para descobrir se há mais funcionários da PEM envolvidos em crimes.
André Almenara