A rebelião na Casa de Custódia de Maringá terminou ao meio-dia desta quarta-feira (31). O motim que ocorreu no bloco 3 e era liderado por 90 presos, chegou ao fim sem que os rebelados conseguissem as transferências pretendidas em suas reivindicações. Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança do Paraná, Fernando Francischini, que assumiu as negociações na tarde de terça-feira (30), disse que essa será a nova postura do estado diante das rebeliões, e que não haverá mais transferência de presos no estado. A rebelião teve fim com a liberação de dois agentes que ainda eram mantidos como reféns. Do total de sete agentes que ficaram sob a ameaça dos presos, quatro deles precisaram ser levados para unidades de saúde por causa de agressões sofridas. Um deles teve duas costelas quebradas. O secretário também afirmou que será construída uma cadeia de segurança máxima para que os líderes de todas as rebeliões sejam levados para ela, além disso, Francischini ameaçou suspender todas as visitas de final de ano em todo o estado caso não terminasse a rebelião em Paiçandu. A rebelião começou por volta das 15h de segunda (31). Um grupo de detentos de uma das alas da casa de custódia rendeu os sete agentes penitenciários quando retornavam às celas, após o retorno do banho de sol. Conforme a secretaria, os presos exigem o fim do uso de algemas durante transferências e melhorias na assessoria jurídica e na assistência médica e alimentação. Ainda de acordo com a secretaria, nenhum dano significativo à estrutura do prédio foi relatado até o momento, mas só será possível avaliar os danos após peritos inspecionarem a unidade ao fim da rebelião. A Casa de Custódia tem capacidade para 650 presos e, segundo a secretaria, abriga 636 detentos. Ainda foi importante os trabalhos da polícia militar de Maringá sob o comando do Coronel Padilha e Major Cardozo, bombeiros, polícia civil e todos os outros órgãos de segurança que auxiliaram nesses dias de rebelião.
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André Almenara
