Vagner Mariano, de 28 anos, e Débora dos Santos Alves, de 25, foram condenados no final da tarde desta quinta-feira, 20. O julgamento dos dois acusados começou na manhã da última quarta-feira, 19, no Fórum da cidade de Sarandi. Vagner Mariano foi condenado em 22 anos e três meses de reclusão pelo crime de homicídio.
Débora foi condenada em 17 anos e nove meses. Ambos vão cumprir a pena em regime fechado e poderão solicitar na Justiça o regime aberto após cumprimento de 2/5 da pena. Eles são apontados pela polícia os responsáveis pela morte do soldado da Polícia Militar de Maringá, Juliedes Nunes, de 37 anos.
Vagner Mariano foi a pessoa que atirou e matou o soldado. Débora foi quem atraiu o policial até o local onde ocorreu o crime de homicídio em 25 de abril de 2019 no Distrito do Vale Azul. Na época quando Débora foi presa, ela chegou a mencionar outros nomes de pessoas que seriam os autores, mas depois apontou Vagner.
Vagner Mariano é primo do ex-marido de Débora. Na cena do crime, um ticket de um posto de combustíveis foi localizado por uma equipe de reportagem da Rede Massa. Esse ticket foi entregue aos policiais civis que imediatamente buscaram imagens de câmeras.
Durante a investigação, a polícia encontrou mais provas contra os verdadeiros acusados do crime. Uma reconstituição foi realizada com a participação de Débora. A mulher disse aos policiais que estava com o PM na noite do crime e que pediu para que ele a levasse para a casa da mãe dela, que fica perto de onde ocorreu o crime.
A reconstituição ajudou a identificar de onde foram disparados os tiros e quais foram as rotas de fuga usadas pelos criminosos. A polícia apurou a época, que o policial foi morto por ter combatido o tráfico de drogas no bairro. A presença do soldado no bairro ‘incomodava’ os traficantes.
Após matar o PM, Vagner Moreno fugiu e foi preso no ano passado no Paraguai após participar de uma fuga. A família do policial e até a Polícia Civil se sentem mais aliviados com a condenação dos dois criminosos.
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André Almenara
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