Os três acusados de terem matado o ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luiz Antônio Paolicchi, foram condenados na noite desta sexta-feira (10) pelo Tribunal do Júri. A sentença foi lida no segundo dia de julgamento pelo juiz Claudio Camargo dos Santos. O corpo de Paolicchi foi encontrado dentro do porta-malas do seu carro Fiat Idea na zona rural no município de Ivatuba em outubro de 2011. O ex-secretário da Fazenda foi amarrado e atingido por vários tiros. Na denúncia, o ex-companheiro de Paolicchi, Vagner Eizing Ferreira Pio, que mantinha na época um relacionamento amoroso foi acusado de ser o mandante do assassinato. Éder Ribeiro da Costa, que era cunhado de Vagner, foi acusado de ser o executor do homicídio, e o seu pai, Valdir Ferreira Pio, levou seu filho de moto para matar o ex-secretário da Fazenda. Os três acusados foram condenados pelo crime de homicídio qualificado. Como estão soltos, os réus poderão recorrer em liberdade. Vagner Eizing foi condenado em 14 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado. Éder Ribeiro recebeu uma condenação de 12 anos de reclusão por homicídio qualificado. Valdir Ferreira foi condenado em 8 anos de reclusão por homicídio qualificado. A pena teve redução em 1/3 porque a participação dele foi de menor importância no crime. O regime inicial deve ser em semi-aberto. De acordo com o juiz Claudio Camargo dos Santos, os acusados tem o direito de recorrer da decisão no prazo de 5 dias. Luiz Antônio Paolicchi foi secretário da Fazenda na gestão de três prefeitos, na década de 90. Ele foi condenado e preso por ter chefiado um esquema que desviou mais de 1 bilhão de reais da Prefeitura de Maringá. Com o dinheiro desviado, Paolicchi comprou automóveis de luxo, fazendas, chácaras, apartamentos e até um avião. Paolicchi viveu relacionamento discreto com Vagner Eizing em um contrato de união estável. Quando foi preso pela Polícia Civil de Maringá, Vagner confessou na época aos repórteres da cidade que tinha participação na morte do ex-secretário da Fazenda, e agora o advogado de defesa de Vagner tentou mostrar ao corpo de jurados que seu cliente era inocente, e que o relacionamento no início foi amigável, mas meses antes da morte de Paolicchi houve vários conflitos. 

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