Até agora, 16 mulheres procuraram a Delegacia da Mulher de Maringá, para prestar depoimento contra o médico ginecologista Hilton José Pereira Cardim, de 58 anos. Cardim foi preso preventivamente na última segunda-feira, 11, em seu consultório.
O médico é suspeito de abusar sexualmente de mulheres que eram pacientes dele. Oito pacientes tinham procurado a polícia antes do médico ser detido. As denúncias surgiram quando as vítimas perceberem ações estranhas durante as consultas.
A delegada Paloma Batista, responsável pelo caso, afirmou que os crimes que o médico é suspeito aconteceram dentro do consultório do profissional, segundo as denúncias recebidas. Os abusos aconteceram em datas dos anos de 2011, 2015, 2019, 2022 e 2023.
Em depoimento, Hilton Cardim negou as acusações e disse que não ficava sozinho com as pacientes durante as consultas. A versão é diferente do que foi contado pelas vítimas à polícia.
Em 1° de fevereiro, a polícia cumpriu dois mandados de busca sendo na casa e consultório do médico. Policiais apreenderam celulares e documentos. A defesa de Cardim afirmou que não teve acesso ao processo, que tramita em sigilo.
Em nota, a defesa de Cardim disse ainda que o médico nega os crimes praticados. A defesa também avaliou que a prisão "não possui requisitos legais". A Polícia Civil tem 10 dias para concluir o inquérito sobre o caso.
Conforme a delegada responsável, se denunciado e condenado, ele pode responder por violência sexual mediante fraude. A pena para estes crimes varia de dois a seis anos de prisão.
No currículo, Hilton José Pereira Cardim, possui graduação em medicina pela Universidade de São Paulo, mestrado em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela Universidade de São Paulo, e doutorado em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela Universidade de São Paulo.
Entre as especialidades do médico estão no processo de infertilidade, inseminação artificial humana, fertilização in vitro e reprodução humana assistida. Além disso, é professor universitário.
André Almenara