Nadiro da Silva de Souza, de 26 anos, principal suspeito de ter assassinado a própria filha, Maria Cecília, de apenas 4 anos, no dia 12 de maio, em Terra Rica, chegou em Maringá no final da tarde desta quinta-feira, 25.
Nadiro acompanhado de um advogado se apresentou na Delegacia de Polícia Civil de Loanda na manhã desta quinta-feira. Após uma determinação da justiça, Nadiro da Silva foi trazido para Maringá por uma determinação do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná.
Nadiro teria tentado simular a própria morte, ao deixar o carro, alguns pertences e um par de chinelos às margens do Rio Paranapanema, onde jogou o corpo da filha. Agora a polícia vai investigar se ele recebeu a ajuda de alguém.
Maria Cecília, de 4 anos, estava com os pés e mãos amarradas. A criança foi localizada no dia 12 de maio, logo após o pai buscar a filha na casa da ex-mulher. Uma câmera registrou o momento em que Nadiro estaciona o carro, depois pega a criança na presença da mãe.
A menina deveria ter sido devolvida para a mãe no fim da tarde, mas em vez disso, o pai de Maria Cecília mandou áudios com ameaças, dizendo que mataria a criança. Buscas aquáticas e terrestres foram realizadas ao longo das duas últimas semanas.
A morte de Marília Cecília ganhou repercussão nacional. O homem conseguiu na justiça o direito de sair com a filha durante o dia. Esta era a segunda vez que ele havia buscado Maria Cecília.
Ele saiu com a criança na sexta-feira, 12, pela manhã e, no fim da tarde, enviou para a mãe da menina áudios da criança chorando e depois uma foto da criança morta. A imagem enviada para a mãe mostra que a criança foi morta enforcada com uma corda.
Nadiro deverá ser ouvido por videoconferência na manhã desta sexta-feira, 26. O advogado deve também participar do depoimento do acusado. Beatriz Félix, mãe de Maria Cecília, tinha uma medida protetiva contra o ex-marido. Ela clama por justiça.
Texto: André Almenara
André Almenara