Jakeane Flores de Almeida, de 35 anos, recebeu alta médica do Hospital Metropolitano de Sarandi. A mulher foi atingida por um tiro na altura da boca e no ombro. O comerciante Dorileu Santos de Almeida, de 43 anos, o conhecido "Xirú", foi quem atirou em Jakeane.
Após efetuar os disparos, "Xirú" morreu ao atirar contra a própria cabeça. Os crimes ocorreram na casa do comerciante que fica na Rua Cafezal, no Jardim Nova Aliança, em Sarandi. A pistola calibre 380 foi apreendida pelos policiais.
A filha de 19 anos procurou o repórter André Almenara para dizer que o casal estava em um processo de separação, mas que seus pais estavam morando na mesma casa. Ela contou também que fazia dois dias que Jakeane, ela e outro irmão de 13 anos tinham ido morar temporariamente na casa da avó.
"Meu pai não é um monstro, nunca foi bandido, sempre foi um batalhador na vida, mas em qualquer casamento com seus altos e baixos, o casamento deles estava em uma fase bem difícil", disse a filha do casal. A filha contou também que seu pai estava depressivo há algum tempo.
Jakeane já foi ouvida por um investigador. A mulher disse ao policial que tinha denunciado o marido na lei Maria da Penha, porém, a própria esposa depois pediu para revogar a medida protetiva contra "Xirú". Jakeane contou que o marido já tinha sido preso cerca de duas vezes.
No dia do crime, Jakeane foi procurada pelo comerciante para conversar na casa do casal. Jakeane aceitou ir e lá na residência "Xirú" teria mostrado entorpecente na frente dela. O comerciante disse que começou a usar drogas após ficar sabendo que poderia perder a mulher.
Jakeane ao dizer que iria embora da casa e dar um fim ao relacionamento contou que o marido pegou a arma de fogo e disparou contra ela e depois atirou contra a própria cabeça. "Eu não queria que ele tivesse feito o que fez comigo e com ele mesmo, mas agora é tocar a minha vida e cuidar dos meus filhos", disse Jakeane.
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André Almenara
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