Uma mulher de 38 anos que fazia compras no supermercado Bom Dia foi acusada de furtar um produto enquanto fazia compras. Foi na manhã desta terça-feira, 22, quando a mulher foi abordada pelo gerente da loja da Avenida Alziro Zarur, em Maringá.
A acusada estava com seu filho que é portador de transtorno do espectro autista. No momento em que a mulher estava no caixa, o responsável do mercado pediu para que ela abrisse sua bolsa alegando que havia um item dentro.
A acusada abriu a bolsa e foi constatado que não tinha nenhum produto furtado. A mulher disse ao gerente que chamaria a Polícia Militar. Imediatamente, a acusada solicitou a presença dos policiais para registrar um boletim de ocorrência. A mulher permaneceu do lado de fora da loja até a chegada da viatura.
A mulher relatou também que durante o vexame e humilhação que passou na loja seu filho ficou extremamente nervoso e irritado por possuir transtorno do espectro autista. A acusada que é cliente da loja disse que foi a primeira vez que ocorreu essa acusação.
O advogado Fernando de Paula, disse que vai ingressar com uma queixa na Delegacia de Polícia Civil, solicitar as imagens de câmeras da loja, e ainda entrar com ações na Justiça pela acusação infundada contra a mulher. O site está à disposição para a Rede Bom Dia emitir uma nota ou até mesmo entrevista.
NOTA DE ESCLARECIMENTOEm respeito à cliente envolvida e à comunidade de Maringá, o Supermercado Bom Dia Paraíso considera importante esclarecer os acontecimentos noticiados em reportagem publicada no site andrealmenara.com.br, em 22 de julho de 2025, a respeito de uma situação ocorrida em uma de nossas unidades. Antes de tudo, ressaltamos que em nenhum momento houve qualquer acusação de furto à cliente. O que de fato ocorreu foi que nosso colaborador, de forma educada e cordial, aproximou-se da cliente no momento em que ela realizava o pagamento de suas compras apenas para oferecer uma orientação preventiva, sugerindo que, em visitas futuras, pudesse utilizar os guarda-volumes disponíveis para bolsas maiores, prática indicada por meio de placas informativas visíveis na loja. Essa medida, comum em diversos estabelecimentos comerciais, tem como único objetivo zelar pela segurança, organização e bem-estar de todos, sem jamais constranger ou expor qualquer pessoa. Reforçamos também que, por política interna de segurança alimentar e controle de produtos, é proibido o consumo de mercadorias dentro da loja antes da finalização da compra. Entendemos a sensibilidade do episódio, especialmente por envolver uma criança com autismo. No entanto, é importante esclarecer que a criança não portava o cordão de girassol, ou de quebra cabeça, símbolos amplamente reconhecidos para indicar o Transtorno do Espectro Autista, o que impossibilitou nosso colaborador de ter ciência dessa condição no momento da abordagem. Ainda assim, reiteramos que, independentemente de qualquer diagnóstico ou circunstância pessoal, todos os nossos clientes são tratados com respeito, atenção e dignidade. Em nenhum momento houve qualquer tipo de desrespeito, nem à cliente, nem à criança. Após a orientação, a cliente retornou exaltada ao encontro do colaborador, que já havia se afastado. Mesmo assim, ele reafirmou com serenidade que em nenhum momento teve a intenção de repreender, mas tão somente orientar de forma respeitosa e preventiva, conforme os protocolos internos adotados para garantir uma experiência segura a todos. Lamentamos sinceramente qualquer desconforto causado e reafirmamos que o respeito, a empatia e a inclusão são princípios fundamentais que norteiam nossa atuação diária. Trabalhamos para construir um ambiente acolhedor, atencioso e acessível a todas as pessoas, sem distinção. Estamos abertos ao diálogo e prontos para acolher a cliente e sua família com o respeito e a atenção que merecem. Nosso compromisso é seguir evoluindo, ouvindo e aprimorando nossos processos com base no respeito mútuo. Maringá, 22 de julho de 2025 Supermercado Bom Dia Paraíso
André Almenara