O criminalista Paulo Gouveia, que foi nomeado para defender Fanuel de Oliveira, de 39 anos, apresentou seu cliente ao delegado de polícia Diego Almeida, titular da Delegacia de Homicídios de Maringá. Fanuel foi ouvido em depoimento na manhã desta sexta-feira, 11.
Fanuel declarou em vídeo que era segurança da boate 212 que fica na Avenida Curitiba, na zona 4. Ele também disse que o tiro que atingiu a vítima Denis Alberto Tomé, de 38 anos, foi acidental. Fanuel contou que ao desferir uma coronhada na vítima a arma disparou acidentalmente ferindo as costas da vítima.
Denis Alberto não resistiu ao ferimento e morreu. A Delegacia de Homicídios confirma que está analisando imagens da boate e de demais estabelecimentos comerciais. Um vídeo que a polícia já possui mostra claramente Denis arremessando um pedaço de concreto contra a cabeça de uma pessoa.
A vítima agredida por Denis foi socorrida mas não ouvida ainda pela DHPP. Funcionários da casa noturna que estavam trabalhando no dia do crime já foram intimados para serem ouvidos no inquérito. A boate 212 continua alegando que o segurança não faz parte do quadro de funcionários do estabelecimento.
Fanuel também fez questão de mencionar em seu depoimento que foi contrato pelo dono do estabelecimento para atuar como segurança. Sobre a arma, Fanuel disse que adquiriu a pistola porque uma semana antes teria sido ameaçado pelo filho de Denis durante uma festa na boate.
A pistola calibre 9mm que foi apreendida pela PM estava com a numeração suprimida. Além disso, Fanuel não possuía autorização para portar arma de fogo. Fanuel de Oliveira teve sua prisão convertida em preventiva. Ele permanece sob custódia na Cadeia Pública de Maringá.
André Almenara