O assassino em série Roneys Fon Firmino Gomes, de 46 anos, foi condenado por mais um crime de homicídio que era acusado. Pela segunda vez em 2019, Roneys sentou no banco dos réus. O julgamento que começou antes das 9 horas da manhã desta quinta-feira (5) só acabou no início da noite com a sua condenação.
Roneys Firmino foi condenado em 23 anos e 4 meses por homicídio com três qualificadoras, sendo por asfixia, motivo fútil e mediante dissimulação. O acusado ainda foi condenado por ocultação de cadáver. Roneys foi julgado pela morte de Silmara Aparecida de Melo, 33 anos, morta em maio de 2012. Ela era moradora de Sarandi, casada com um segurança e deixou dois filhos.
O corpo de Silmara foi localizado por um idoso que passava pela Estrada da Roseira, embaixo de uma torre de transmissão elétrica em uma plantação de milho. A última vez que Silmara foi vista com vida, ela estava em uma lanchonete nas proximidades da Praça Rocha Pombo.
A confissão do serial killer aos policiais ocorreu quando foi preso em julho de 2015 pela morte de Mara Josiane dos Santos, de 36 anos. O Maníaco da Torre confessou aos policiais ter agido pela primeira vez em março de 2012. A vítima nunca foi identificada e o corpo achado sob a torre de transmissão de energia na Estrada Roseira.
O segundo crime que assumiu foi de Silmara Aparecida de Melo, 33 anos. Em agosto de 2013, a terceira vítima, também sem identificação. Em julho de 2014, mais um corpo de mulher achado, e mais uma vítima sem identificação.
Quando ouvido em juízo nos processos que responde, ele passou a negar todos os crimes. As negativas não foram suficientes para evitar a condenação pelo Tribunal do Júri no caso de Edinalva José da Paz, encontrada morta no dia 7 de dezembro de 2010. Um celular ligou o maníaco às vítimas.
Após a prisão de Roneys, não houve nenhum novo registro de crime contra garotas de programa, com o mesmo padrão adotado por ele. Mais de dez mulheres foram localizadas nuas em meio a plantações, próximas a torres de energia, entre os anos de 2005 e 2015.
Roneys foi considerado pela polícia como um dos maiores assassinos em série do estado. Segundo Roneys, ele tinha ódio das mulheres porque sua mãe era garota de programa e foi assassinada na cidade de Campo Mourão quando ele tinha 7 anos de idade.
Todas as mulheres que foram vítimas do maníaco eram assassinadas por estrangulamento. Além de deixar as vítimas nuas, ele ainda confessou aos policiais civis que rezava ao lado de cada corpo. Na época, investigadores da Delegacia de Homicídios encontraram as roupas de uma das vítimas a três quilômetros de distância de onde o corpo estava.
Ao lado das roupas, a polícia achou pedaços de um para-choque de uma BMW azul. Conforme as investigações, o suspeito tinha o veículo, e o para-choque desse automóvel estava danificado. Os pedaços que estavam com a polícia se encaixaram perfeitamente na parte estragada. Além disso, uma câmera de trânsito flagrou o automóvel no dia e local em que a mulher teria sido morta. Foi com esses indícios que a polícia pediu a prisão de Roneys.
Em março de 2019, Roneys foi condenado em 21 anos e 4 meses de prisão pela morte de Ednalva José da Paz, de 19 anos. A condenação foi pelos crimes de homicídio qualificado e por ocultação de cadáver. No júri desta quinta-feira, os advogados Josiane Monteiro Bichet Oliveira e Willian Francis disseram que vão recorrer da decisão.
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André Almenara
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