Um crime brutal que aconteceu em maio de 2018 em Maringá teve seu desfecho com a condenação de três réus que foram presos acusados pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte. A juíza da 3ª Vara Criminal de Maringá, Dr(a) Mônica Fleith, condenou a mais de 20 anos de prisão os responsáveis pela morte do farmacêutico Carlos Henrique Hortêncio, de 55 anos.
O crime contra a vítima aconteceu no dia 10 de maio de 2018 quando um dos envolvidos que conhecia o farmacêutico chamou para assistir um show de uma dupla sertaneja na Expoingá. No trajeto para a feira, Carlos Henrique é vítima de assalto em sua própria camionete Pajero.
O farmacêutico foi assassinado com golpes de faca e depois enterrado no quintal de sua casa na rua Cariovaldo Ferreira, na zona 8, em Maringá. Os criminosos ainda jogaram terra e pedaços de madeira no buraco para dificultar a localização do corpo.
Após a família registrar o boletim de ocorrência de desaparecimento, o chefe da Furtos e Roubos da Polícia Civil, Everaldo Fernandes, pediu apoio de sua equipe de policiais para realizar diligências. No dia 19 de maio, os investigadores deslocaram até a cidade de Moreira Sales onde foi preso Sandro Marcelo Lehn Junior, de 23 anos.
Sandro Marcelo era amigo da vítima. Ele foi detido pela polícia em um hotel. Durante buscas foi localizado o aparelho celular, notebook e o documento da camionete Pajero do farmacêutico. O suspeito confessou participação no desaparecimento da vítima e ainda contou que outros dois comparsas estavam envolvidos.
Luiz Fernando Prestes da Silva, de 20 anos, foi preso por outras equipes policiais no Jardim Universo em Maringá. Sandro Marcelo e Luiz Fernando levaram os investigadores até a casa da vítima e mostraram onde estava enterrado o cadáver do farmacêutico.
Os dois presos confessaram que tinham roubado a camionete para trocar por 50 gramas de cocaína. O terceiro envolvido no crime era Hugo Diogo da Silva Felício, de 20 anos, foi preso furtando uma casa no Jardim Itália em Maringá. Hugo Diogo confessou ter entrado na camionete, mas alega que desceu antes da vítima ser morta.
Após a prisão dos três envolvidos, a camionete Pajero de Carlos Henrique Hortêncio foi localizada queimada em Cruzeiro do Oeste. A Polícia Civil de Maringá levantou que a vítima foi levada até uma estrada rural próximo da pedreira e lá foi golpeada por Luiz Fernando Prestes.
A condenação dos réus aconteceu na tarde desta segunda-feira (29). Sandro Marcelo Lehn Junior, que conhecia a vítima, foi condenado em 25 anos e dez meses de reclusão, em regime inicial fechado, e a 246 dias-multa pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.
Luiz Fernando Prestes da Silva, foi condenado em 22 anos e três meses de reclusão pelos crimes de Latrocínio e ocultação de cadáver em regime fechado, e ainda o pagamento de 22o dias-multa. Hugo Diogo da Silva Felício foi condenado a 23 anos e nove meses de prisão em regime inicial fechado e a 231 dias-multa.
Na sentença, a juíza da 3ª Vara Criminal, Mônica Fleith, decidiu manter a prisão preventiva dos réus. Eles, que confessaram parcialmente o crime, podem recorrer da sentença junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Provavelmente os advogados devem recorrer da sentença.
A família do farmacêutico ficou mais aliviada com a condenação dos réus. É a segunda vez que a família da vítima enterra um ente-querido. Em julho de 2015, um irmão do farmacêutico Carlos Henrique Hortêncio também foi morto vítima de latrocínio.
O comerciante José Hamilton teve a casa invadida por dois bandidos no Jardim São Silvestre. Ele jantava com a esposa e o filho quando os assaltantes entraram. José Hamilton reagiu e foi morto com dois tiros. Os dois envolvidos no latrocínio foram presos e condenados a mais de 20 anos pelo crime.
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Autor:
André Almenara
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