O exame toxicológico de Carlos Alberto da Silva, de 29 anos, e da adolescente Jeniffer Tavares Mologni, de 16 anos, foi concluído pelo Instituto de Criminalística do Paraná. O repórter André Almenara teve acesso ao laudo. No exame realizado em Jeniffer apontou que a adolescente consumiu álcool e cocaína.
O exame toxicológico de Carlos Alberto deu negativo o uso de álcool e drogas. O advogado Rafael Benassi negou que Carlos Alberto tenha matado e estuprado a garota. Declarou que vai pedir uma contraprova porque, segundo o advogado, o exame foi feito mais de cinco dias depois do dia que a jovem foi morta. Segundo ele, por isso, deu negativo.
Já o advogado da família de Jeniffer, o criminalista Fausto Augusto Mochi, disse por telefone que o réu cometeu o crime de assassinato contra a adolescente sem o uso de entorpecente, que Carlos Alberto forneceu a cocaína para a adolescente. "Ele sabia o que estava fazendo", disse o advogado.
Em uma entrevista para o repórter André Almenara, Carlos Alberto confessou que estava sob o uso de cocaína no dia em que a adolescente morreu. O acusado colocou a culpa na droga. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná e tornou réus Carlos Alberto Dias da Silva e o irmão Roberto Dias da Silva pela morte da menor.
Carlos Alberto está preso pelo crime e é acusado por homicídio qualificado, estupro de vulnerável, ocultação de cadáver e fraude processual. Roberto, irmão dele, se tornou réu por ocultação de cadáver e fraude processual. O corpo da adolescente Jeniffer Tavares foi encontrado em um loteamento no dia 7 de maio.
Ela foi considerada desaparecida durante três dias, após, segundo familiares, sair de casa para ir a uma festa. De acordo com o Ministério Público, ao ser interrogado, Roberto admitiu que pegou roupas do irmão em um motel, mas disse que o corpo da vítima foi escondido pelo próprio Carlos sem ajuda dele.
Conforme a denúncia do MP, Carlos Alberto estuprou e assassinou a adolescente, usando de força física. Além de apertar o pescoço de Jeniffer e bater a cabeça dela contra a cabeceira da cama de um motel, o réu dopou a vítima sem o consentimento dela, segundo a denúncia.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal de Maringá, a vítima morreu por asfixia e traumatismo craniano, e ainda foi estuprada antes da morte. Carlos Alberto depois de ser preso, afirmou para os policiais civis que Jeniffer morreu por overdose, e afirmou que jogou o corpo dela no matagal.
Roberto Dias, conforme a denúncia do Ministério Público ajudou o irmão a dispensar o corpo da vítima, e escondeu roupas e objetos para tentar atrapalhar as investigações.
Publicado em:
Atualizado em:
Autor:
André Almenara
André Almenara