Pela segunda vez, Joaquim Daniel, de 31 anos, foi absolvido pela morte da criança Arthur Salomão. O julgamento que começou na manhã desta quinta-feira (27) terminou às 19h30 no Fórum de Maringá. Daniel Joaquim foi acusado na época de envolvimento na morte de Arthur Salomão, que foi alvejado por um tiro na cabeça durante uma troca de tiros entre Silvio Luiz Fogaça e Marcos Antônio Guilherme Vieira em outubro de 2012 no Jardim Alvorada.
O primeiro julgamento ocorreu em data de 11 de dezembro de 2014, onde Marcos Antônio Guilherme Vieira foi condenado em 32 anos de prisão em regime fechado por ter atirado em Silvio Fogaça e na criança. Já outros dois réus que também tiveram participação no crime foram absolvidos, sendo eles, Paulo Henrique França, o vulgo "Batata" e Daniel Joaquim.
O promotor de justiça Laércio Januário que na época era o promotor atuante no júri, não satisfeito com o resultado decidiu recorrer da decisão. Laécio Januário, atualmente promotor de justiça do Gaeco, recorreu da sentença dos jurados que haviam absolvido Paulo Henrique e Daniel Joaquim, sendo anulado o júri anterior e realizando novo julgamento para Daniel Joaquim, visto que, Paulo Henrique entrou em óbito no dia 4 de fevereiro deste ano na Penitenciária Estadual de Maringá, cumprindo pena por crime de associação ao tráfico de drogas.
O promotor entendeu que Daniel Joaquim teve sim participação na morte de Arthur Salomão, por ter dado fuga para o atirador Marcos Antônio Guilherme Vieira, no dia do crime. Daniel Joaquim foi absolvido de todas as acusações, inclusive de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Porém, no recurso interposto pelo promotor, ao Tribunal de Justiça, restou comprovado que Daniel teve sim participação direta no crime de homicídio, por isso, a decisão do Tribunal de Justiça foi em acatar o recurso e realizar um novo julgamento.
Nesta quinta-feira, um policial civil de Maringá foi ouvido, depois foi a vez da avó e tia de Arthur Salomão que estavam no dia em que a criança foi baleada serem ouvidas pelo Excelentíssimo Senhor Juiz Cláudio Camargo dos Santos, e pelo Promotor de Acusação, Excelentíssimo Senhor Julio Cesar da Silva. O réu Daniel Joaquim também foi ouvido no plenário.
Depois de horas de julgamento, o corpo de jurados decidiu pela condenação do acusado. Daniel Joaquim foi absolvido na morte do garoto Arthur Salomão e na tentativa de assassinato contra Silvio Fogaça, mas foi condenado em 8 anos e 4 meses pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Como Daniel cumpriu 2 anos e 2 meses em regime fechado na Casa de Custódia, o réu saiu do Fórum de Maringá com sua família onde foi colocado em liberdade.
Os advogados Wilian Francis de Oliveira e Josiane Monteiro Bichet de Oliveira, ficaram satisfeitos com a decisão dos jurados. Juliana Salomão, mãe da criança, que ficou o tempo todo acompanhando o julgamento ao lado da família e do noivo, estava bem abalada por lembrar do episódio onde o único filho foi assassinado. Depois de ler a sentença, o réu pediu perdão a família do garotinho, mas disse que não teve participação no crime.
André Almenara
