A Polícia Civil de Maringá investiga uma possível omissão de socorro envolvendo a morte do pedreiro Orival Pereira, de 34 anos, encontro morto na última terça-feira (25) na Avenida Horácio Racanello, no Novo Centro. De acordo com a polícia, câmeras de monitoramento de um condomínio gravaram o momento em que a vítima aborda um servidor da Prefeitura de Maringá que está lotado na Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) para pedir ajuda.
O servidor municipal que tem 52 anos compareceu na Delegacia de Homicídios e confirmou que tentou socorrrer o senhor Orival por volta de 3h30. Segundo ele, a vítima estava descalça e aparentava estar bastante embriagada. Segundo relato do servidor da prefeitura, Orival disse que tinha escapado de uma tentativa de assalto e estava passando mal.
O tratotista então ligou para o telefone de emergência da Polícia Militar (190), mas as duas vezes que tentou falar com a polícia caiu em uma gravação e entrado em uma lista de espera por vários minutos até que desistiu. Como não foi atendido pela PM, o tratorista disse que ligou para o Corpo de Bombeiros (193), mas ao ser informado de que poderia tratar-se de um caso clínico, o atendente teria recusado mandar uma equipe.
O servidor municipal disse que os Bombeiros só atendiam pessoas machucadas e mandou que eu ligasse para o Samu (192), acrescentando que ainda tentou argumentar o que deveria fazer, se deveria deixar a pessoa morrer. "Se ele morrer, não é problema nosso", teria respondido o atendente do Corpo de Bombeiros.
Diante da situação, o tratorista que poderia ter ligado também pedindo ajuda ao Samu não fez a ligação, ajudou a vítima a deitar no gramado e foi embora com o trator. A DH confirmou que a gravação mostra que outras três pessoas passaram pelo local enquanto o pedreiro ainda agonizava, mas nenhuma delas parou para ajudá-lo. A vítima foia achada morta às 6h30. A Polícia irá solicitar provavelmente as gravações das chamadas para saber se essas ligações foram feitas. Orival Pereira residia na Rua José Clemente, na zona 7, em Maringá.
Texto: Jornalista Roberto Silva/O Diário
André Almenara