Uma mulher de 23 anos está internada no Hospital Santa Casa de Maringá após sofrer um aborto. A paciente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul na noite de quarta-feira (19) e a Polícia Civil afirma que há indícios de que o aborto pode ter sido provocado, conforme informações do prontuário médico.
A jovem chegou à UPA pouco antes das 21h, reclamando de dores abdominais, na região lombar, diarreia e sangramento vaginal escuro. A paciente, que estava no 5º mês da gestação, afirmou à equipe médica que não fez acompanhamento pré-natal e que sequer sabia o sexo da criança. Ela disse que só sabia que estava grávida por causa do atraso menstrual e pelo aumento do abdômen.
A equipe médica a atendeu e fez a retirada do feto e o encaminhamento para a Santa Casa, mas registrou o boletim de ocorrências na delegacia, por suspeitar de que ela ou outra pessoa poderia ter provocado o aborto. A jovem é de Curitiba, mas disse estar em Maringá há três meses, para trabalhar em uma academia da cidade.
A família, segundo o relato dela aos médicos, não sabia sobre a gravidez e o pai da criança teria sugerido a ela que abortasse a criança. Conforme a paciente, ela namora outra pessoa atualmente que a levou até a UPA.
O Instituto Médico Legal de Maringá está tentando entrar em contato com a família da jovem para avisar sobre o caso. O feto foi encaminhado ao IML no início da tarde desta quinta-feira. O delegado-chefe da Polícia Civil de Maringá, Pedro Fontana, disse que o caso será investigado e aberto um inquérito policial para apurar o fato. O diretor do IML de Maringá, Sérgio, confirmou que o sexo da criança era masculino.
André Almenara