A cassação da vereadora Cris Lauer (Novo), aprovada na tarde desta quarta-feira (27) pela Câmara de Maringá, deixa a parlamentar fora da disputa eleitoral em 2026. Além do mandato, Lauer também perde, no momento, os direitos políticos por 11 anos.
Os vereadores acataram o relatório da Comissão Processante (CP) que recomendou a cassação após a vereadora ser denunciada por improbidade administrativa, após supostamente ter usado um chefe de gabinete, advogado, para processos particulares.
O fato ocorreu em 2021 e a condenação judicial, proferida pela Vara da Fazenda Pública de Maringá, veio neste ano, embora o judiciário não tenha condenado a parlamentar a perda de direitos políticos, apenas ao ressarcimento aos cofres públicos em valores que devem chegar a R$ 20 mil.
O processo de cassação foi aberto a partir de uma denúncia de um cidadão comum, o advogado Kim Rafael Antunes. A CP julgou procedente a acusação de improbidade, embora tenha rejeitado a de quebra de decoro parlamentar.
O relatório da Comissão foi aprovado por 20 votos favoráveis, indo contra a cassação apenas os vereadores Daniel Malvezzi (Novo) e Giselli Bianchini (PP). A Câmara prepara um decreto legislativo informando sobre a cassação, que deverá ser publicado ainda nesta quarta (27).
A decisão terá efeito a partir do momento que a Justiça Eleitoral for oficiada e, até lá, Cris Lauer poderá seguir participando das sessões legislativas. Também caberá a Justiça Eleitoral indicar o suplente que assumirá a vaga, fato que ainda não tem data para ocorrer.
De acordo com o relator Sidnei Telles (Podemos), o relatório foi elaborado de forma técnica. Ele lamentou a não presença de Lauer durante o julgamento. A defesa da parlamentar vai recorrer da decisão. Nas redes sociais, Lauer disse que convocará uma coletiva com a imprensa maringaense.
Texto: Maringá Post