Na manhã desta segunda-feira, 11, o delegado Diego Almeida, responsável pela Delegacia de Homicídios, apresentou aos órgãos de imprensa a conclusão do inquérito policial da morte da soldado da Polícia Militar Daniela Carolina Marinelo, de 36 anos.
O laudo da Polícia Científica desmente a versão apresentada por Kenny Aisley Rogério Vasconcellos Martins, de 37 anos, que em depoimento disse que a esposa cometeu o suicídio. Entretanto, as investigações contradizem a versão dele.
O suspeito disse que Daniela estava de pé antes de atirar contra a própria cabeça. Ele declarou, que tinha tentado tirar a arma da mão dela. O inquérito aponta que Daniela estaria deitada na cama e possivelmente dormindo no momento em que foi atingida pelo tiro.
Além disso, não havia vestígios de sangue na parede, apenas no colchão, o que reforça a ideia de que a vítima estava deitada. A investigação aponta que Kenny teria apertado o gatilho e atingido a esposa.
O inquérito policial deverá ser encaminhado ao Ministério Público nos próximos dias. O motivo da briga que antecedeu o crime teria sido questão financeira. Kenny e Daniela se casaram com comunhão universal de bens.
Havia uma cláusula no contrato de que se houvesse traição por parte de um dos cônjuges, essa pessoa que traiu não teria direito aos bens patrimoniais. Segundo a investigação, Daniela desconfiava que o marido a estava traindo com uma ex-companheira.
O criminalista Ragiotto disse que é “precipitado determinar o que houve”. É precipitado, quem quer que seja, determinar o que houve. Daqui a pouco, o próprio inquérito será a peça para incriminar uma pessoa, e nós sabemos que não é.