O julgamento dos ex-policiais militares Goulart e Onishi acabou por volta de 23 horas de quarta-feira, 9, no Fórum da cidade de Sarandi. O ex-soldado Onishi foi condenado a 11 anos e 6 meses de prisão em regime fechado por ter matado um adolescente em agosto de 2016.
Jadson José de Oliveira, de 17 anos, foi baleado na cabeça em uma estrada rural após ser abordado pelos policiais na área central da cidade de Sarandi. Câmeras de segurança mostraram Onishi e Goulart colocando o menor na viatura.
A perícia apontou que a munição calibre 9mm encontrada no local havia sido disparada pela arma de Onishi. Uma reconstituição do crime foi realizada na época pela Polícia Civil e Militar. Os dois policiais participaram relatando os detalhes da execução.
Goulart confessou ter ocultado o cadáver junto com Onishi. O julgamento durou dois dias. Onishi foi condenado pelos crimes de homicídio simples, ocultação de cadáver e posse ilegal de arma.
A defesa de Onishi vai recorrer da sentença. Nesse tempo o ex-policial permanecerá em prisão domiciliar. Caso a defesa não consiga reverter a decisão Onishi poderá cumprir a pena na cadeia.
Já o defensor de Goulart, o advogado Clayton Eduardo Gomes, conseguiu absolver o réu. O ex-policial era acusado de esconder o corpo do adolescente. A defesa entrou com um mandado de segurança pedindo a reintegração do ex-soldado na corporação.