Policial

Justiça prorroga prisão temporária de ginecologista suspeito de abusar de pacientes

Dezenas de mulheres denunciaram Felipe Sá à polícia. Investigação mostra como obstetra usava discurso do empoderamento feminino para manipular pacientes

A Justiça atendeu a pedido da Delegacia da Mulher e prorrogou por mais trinta dias a prisão do ginecologista e obstetra Felipe Sá. O médico está preso desde 15 de junho. O delegado Dimitri Tostes, responsável pelo caso, disse que pediu a prorrogação da prisão temporária.

A medida, segundo o delegado Dimitri Tostes, é proteger testemunhas, também busca evitar qualquer constrangimento ou intimidação de mulheres que já prestaram ou que ainda prestarão depoimento e de novas vítimas que possam vir a procurar a delegacia.

Até a última sexta-feira, 14, 34 mulheres foram ouvidas, mas há 41 identificadas. A polícia deve continuar com os depoimentos e aguarda o resultado da perícia que está sendo feita em aparelhos eletrônicos apreendidos na operação. Só depois o médico será interrogado.

O delegado disse que espera concluir o caso até o fim de julho. Ele é investigado por violação sexual, importunação sexual e estupro de vulnerável. Segundo a polícia, os crimes foram cometidos dentro do consultório.


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