Reunião debate sobre problema na Fernão Dias
Um grupo de representantes de diversos setores públicos e privados busca alternativas para solucionar o aumento da população em estado de rua,...
Um grupo de representantes de diversos setores públicos e privados busca alternativas para solucionar o aumento da população em estado de rua, principalmente na rua Fernão Dias, próximo ao Albergue Santa Luíza de Marilac, que tem incomodado muita gente.
A iniciativa partiu do vereador Mário Verri que se sensibilizou com a reivindicação dos moradores e comerciantes da região. Na primeira reunião, cerca de 20 pessoas participaram do debate. Já neste segundo encontro, realizado na sexta-feira passada, no auditório do Albergue, 42 representantes de vários órgãos trouxeram sugestões.
Um problema que se arrasta há anos na cidade disse os comerciantes. As soluções apresentadas na reunião foram urbanísticas (de melhorias nos espaços vazios estimulando a ocupação); de conscientização sobre as doações (desenvolver campanhas contra a doação de esmolas, principalmente nos semáforos).
Que doações de alimentos ou financeiras sejam feitas às entidades assistenciais e acolhedoras dos moradores de rua; a identificação da origem desses moradores e a tentativa de ajudá-los a retornar para os seus municípios; a criação de uma ‘rede do bem’ para divulgar os programas e serviços sociais maringaenses.
A reunião contou com a presença de representantes da secretaria de Assistência Social, secretaria de Segurança Pública, Câmara Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Arquidiocese de Maringá, Albergue, Centro Pop, Ordem dos Pastores Evangélicos, membros da associação de moradores e comerciantes locais.
O prefeito em exercício, Edson Scabora, participou do debate, assim como os vereadores Ana Lúcia Rodrigues, Flávio Mantovani e Sidnei Telles. Em relação à segurança, alguns dados repassados na reunião preocupam, por exemplo. Dos 15 homicídios que ocorreram neste ano em Maringá, quatro envolveram moradores de rua.
O delegado-chefe Adão Wagner Loureiro, lembrou que as prisões por tráfico e as apreensões de drogas estão acontecendo, mas são paliativas e não efetivas. Neste caso, a sugestão dos participantes é a ampliação das vagas de tratamento para dependentes químicos.
O grupo também entende que esse tratamento deveria ser obrigatório para quem está em situação de rua e não alternativo. Em 2021, o Centro Pop de Maringá fez mais de seis mil atendimentos da população de rua. Hoje, segundo a prefeitura, a cidade tem cerca de 500 pessoas nesta situação.
A próxima reunião do grupo ficou marcada para o dia 5 no gabinete do vereador Mário Verri. Forças de segurança devem participar do evento.
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Autor:André Almenara