Envolvido em morte de homem que foi encontrado queimado em Maringá é preso
Investigadores da Polícia Civil de Mandaguaçu prenderam no final da tarde desta sexta-feira (7), Lincon de Paula Silveira, de 23 anos, morador do Parque Itaipu, em Maringá. Os policiais civis Coutinho e Eduardo chegaram até Lincon após a família de um homem procurar a delegacia para registrar um desaparecimento.
O filho do senhor Álvaro Albrecht, de 69 anos, disse aos policiais que o pai estava desaparecido e que os veículos que seria um automóvel Ford Ka e uma motocicleta Shadow também não estavam na casa. Diante do boletim de ocorrência, a Polícia Civil começou a investigar o sumiço de Álvaro.
Os investigadores de Mandaguaçu descobriram que a motocicleta do senhor Álvaro Albrecht estava sendo divulgada em uma rede social. Um homem que usava um nome falso estava vendendo a moto pelo valor de R$ 6.500,00. O investigador que usou um outro nome disse na mensagem que teria interesse na Shadow.
Na tarde desta sexta-feira, o investigador marcou um local no Jardim Alvorada e conseguiu lograr êxito em prender Lincon de Paula que passava-se pelo vendedor da moto. Lincon confessou ao policial civil Coutinho que o senhor Álvaro tinha sido assassinado, e que o carro da vítima estava em uma oficina mecânica.
Lincon declarou que o Álvaro havia sido assassinado com um tiro na cabeça em sua casa por um "tal" de Felipe, e que depois Lincon teria jogado gasolina e fogo no corpo da vítima abandonando o cadáver no Parque Industrial em Maringá.
Lincon contou ao repórter André Almenara que no dia em que o senhor Álvaro foi morto houve uma discussão entre a vítima e o rapaz chamado Felipe. O motivo seria uma dívida. Lincon declarou que o senhor Álvaro pegou um revólver e apontou para Felipe. Lincon então conseguiu tomar a arma das mãos da vítima.
O "tal" de Felipe conseguiu pegar a arma de fogo e efetuar um único disparo contra a cabeça de Álvaro. Depois disso, o suposto autor do crime ainda pegou uma faca na cozinha e desferiu vários golpes no pescoço da vítima para ter a certeza que tinha matado o senhor Álvaro.
O corpo do homem foi colocado no banco traseiro do Ford Ka e abandonado no Parque Industrial em Maringá. "Pensei em enterrar meu amigo, mas já estava amanhecendo o dia, então joguei gasolina e coloquei fogo no corpo de Álvaro", disse Lincon.
Lincon de Paula era bem amigo de Álvaro. "Eu conheci Álvaro em um barzinho em Maringá, depois ficamos amigos e frequentador de sua casa", disse o rapaz. A Polícia Civil de Mandaguaçu acredita que Lincon esteja mentindo inventando o nome do suposto Felipe para tentar se livrar de um crime de latrocínio.
Os investigadores continuam em busca de mais informações para tentar chegar a uma conclusão do crime. Os policiais acreditam que nas próximas horas possam ter mais novidades em relação a morte do senhor Álvaro Albrecht.
O caso
No dia 27 de maio, policiais militares receberam uma denúncia de que havia um corpo queimado no Parque Industrial em Maringá. No local foi constatado que um homem estava morto com o corpo parcialmente queimado. Em cima do tórax havia uma faca, no rosto da vítima havia plástico, e também um perfuração no crânio do homem causada por arma de fogo.
A Delegacia de Homicídios de Maringá deu início em uma investigação para poder identificar o corpo do homem. Impressões digitais foram coletadas e encaminhadas para o Instituto de Criminalística de Curitiba. O que os policiais sabiam que o homem era de cor branca, usava brinco na orelha direita, e tinha cabelo brancos.
Publicado em:
Atualizado em:
Autor:André Almenara