Após a reconstituição do crime do policial militar Juliedes Nunes, de 37 anos, que ocorreu no último dia 2 de maio, o delegado Adriano Garcia, responsável pelo caso, descobriu que Débora dos Santos Alves, de 24 anos, havia mentido mais uma vez. O soldado Juliedes morreu assassinado no dia 25 de abril na rua Santa Catarina, no Distrito do Vale Azul. A vítima caiu em uma emboscada e foi executada com mais de 20 tiros de pistola calibre 9mm.
Débora contou ao delegado que quem atirou no policial não foi Maicon Douglas dos Santos, de 20 anos, que está preso, mas sim Vagner Mariano, de 27 anos, primo do ex-marido de Débora. O novo suspeito do crime que teve sua prisão preventiva decretada está foragido. Houve uma expectativa de um advogado apresentar Vagner, mas isso não aconteceu.
O delegado Adriano Garcia que desconfiava das versões apresentadas por Débora foi checar com sua equipe de investigadores imagens de câmeras de um posto de combustível que fica localizado na avenida Londrina com Colombo. Um ticket de um abastecimento de combustível que foi localizado pelo repórter Rogério Moraes, do Maringá Urgente, foi fundamental para confrontar com a investigação policial. O ticket teria caído do bolso de Vagner no momento dos disparos.
No ticket aparece a data de 24 de abril de 2019. Na imagem do posto mostra Vagner Mariano abastecendo sua moto Honda CB 300cc que já foi apreendida pela Polícia Civil de Sarandi. O policial militar Juliedes foi morto na madrugada do dia 24 para 25 de abril. Débora também revelou ao delegado que no dia 24 de abril ela e Vagner foram até o Conjunto Araucária testar a arma de fogo que seria usada para matar o policial.
Débora revelou que ela e Vagner atiraram em uma placa de sinalização que fica em uma avenida do loteamento. Os investigadores encontraram a placa com quatro perfurações. Os estojos recolhidos no Conjunto Araucária e os estojos que foram coletados ao lado do corpo do policial saíram da mesma arma de fogo segundo o laudo do Instituto de Criminalística que ficou pronto esta semana.
O delegado de Sarandi ainda descobriu que o celular de Débora que ela havia dito que tinha sumido foi encontrado escondido em sua casa. O aparelho foi submetido a uma perícia. Áudios da presa com outros suspeitos estão sendo analisados pelos investigadores da Delegacia da Polícia Civil. Por enquanto Maicon Douglas e Ezequias de Melo, de 18 anos, estão presos no setor de carceragem da Delegacia de Sarandi.
Adriano Garcia pede ajuda da comunidade para denunciar Vagner. "Qualquer informação ajude a polícia anonimamente para prendermos o Vagner", disse o delegado de Sarandi.