O homem acusado de matar um estudante da UEM e ferir outros dois jovens na madrugada do último domingo (17) na rua Mandaguari, zona 7, Osvaldo dos Santos Pereira Junior, de 26 anos, foi ouvido em audiência de custódia na tarde de segunda-feira (18). De acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil, Adão Rodrigues, o preso voltou do Fórum com sua prisão preventiva.

O delegado ainda adiantou que será investigado também se Osvaldo usou drogas antes de cometer os crimes. Osvaldo Junior que morava no pensionado, chegou ao local e atacou com uma faca outros moradores que estavam no imóvel. O aluno de mestrado em química da UEM, Orivaldo José da Silva Filho, de 22 anos, morreu e outros dois moradores feridos foram socorridos e hospitalizados. Luis Roberto dos Santos, 19 anos, teve ferimentos no tórax e cervical, enquanto Henrique Mantovani, 20, apesar de ferimentos superficiais está muito abalado com o episódio.

Outro morador que estava no local e que tentou socorrer Orivaldo Filho, foi perseguido por Osvaldo Junior até a avenida Colombo. A Polícia Militar chegou ao local e prendeu Osvaldo que apresentava grande confusão mental. A dona do pensionato informou que Osvaldo dos Santos Pereira havia morado no local anteriormente e não apresentava comportamento anormal. “Logo que abri o pensionato, ele veio morar aqui. Ficou cerca de três anos, depois conheceu uma menina e foi morar com ela em Campinas.

A proprietária da casa disse que o relacionamento não deu certo e ele mandou uma mensagem no WhatsApp há cerca de um ano, perguntando se podia voltar. Não tinha vaga, mas ele veio e ficou dormindo no carro dele, conta. Segundo ela, da segunda vez que ele voltou para o pensionato, parecia triste. “Até sugeri que ele fosse a um médico, mas ele falou que não queria tomar remédio, e que ele ia conseguir sair dessa sozinho".

O repórter André Almenara levantou através de uma pessoa que prefere ficar no anonimato que Osvaldo Júnior ganhou dinheiro praticando malabarismo no semáforo das avenidas Colombo com 19 de Dezembro. No período da noite, Osvaldo exercia a profissão de barman em um barzinho "Pub" da cidade.

A pessoa que procurou a reportagem ainda destacou que Osvaldo não apresentava ser violento, era uma pessoa calma, mas recentemente estava reclamando das condições financeiras, e pretendia mudar de Maringá para tentar a vida em Santa Catarina. Osvaldo ainda tem uma filha de um ex-relacionamento.

Maurício Lemos, médico do Samu que socorreu os feridos, conversou com o rapaz que fez os ataques. “Ele disse que queria ter matado mais gente. Se a PM não tivesse chegado, mais gente tinha morrido, porque ele não parou de perseguir as pessoas”, explica. “Ele oscilava entre momentos de alucinações e consciência.

Em um momento, me falou que as pessoas nascem e morrem, e que estava escrito no antigo testamento que aquelas pessoas precisavam morrer. Em outro momento, dizia seu nome, onde morava, nome dos pais. Mostrou uma frieza assustadora”, acrescenta Lemos. Segundo o médico cirurgião, o autor do crime pode ter transtorno de esquizofrenia, mas precisa passar por uma avaliação especializada de um psiquiatra para que se confirme.

A Polícia Civil de Maringá levantou através do sistema que Osvaldo Júnior já tinha passagem pela polícia por uso de drogas. 

 

 

Homem que matou estudante é ouvido em audiência de custódia
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