Roneys Fon Firmino Gomes, de 44 anos, réu confesso de uma série de crimes de homicídios contra mulheres que ficou conhecido como "Maníaco da Torre", vai a júri popular na próxima quinta-feira (14) pela primeira morte que é acusado. Preso há três anos e oito meses, Roneys será julgado pela morte de Edinalva José da Paz, que na época tinha 19 anos. A mulher foi estrangulada e localizada próxima de uma torre de energia, na Estrada Roseira, zona rural na saída para Astorga.
O crime contra Edinalva aconteceu em dezembro de 2010. Quando foi preso pela morte de Mara Josiane dos Santos, de 36 anos, que era garota de programa, o réu confessou ter cometido outros crimes contra mulheres, mas negou ter envolvimento na morte de Edinalva. Durante depoimento, o maníaco alegou matar garotas de programa por um trauma de infância. Afirmou que sua mãe era prostituta e foi assassinada quando ele tinha quatro anos de idade.
Roneys confessou também que buscava as vítimas sempre que sentia vontade de matar. Percorria os pontos de prostitutas da cidade em busca de uma garota de programa, se dirigia a um ponto isolado e cometia o crime após manter relações sexuais. Os corpos eram quase sempre abandonados próximos a torres de transmissão de energia, na saída para Astorga.
A Polícia Civil chegou ao maníaco da torre após a morte de Mara Josiane. A Delegacia de Homicídios fez uma varredura no local, localizando roupas da jovem e um pedação do para-choque de um automóvel de cor azul. Os policiais recolheram imagens de câmeras de segurança instaladas no trecho de acesso ao local de desova dos corpos. Foram mais de 40 horas de gravação, onde a D.H encontrou uma multa aplicada por radar na avenida Morangueira a uma BMW azul metálica, cor da parte do para-choque encontrado na cena do crime.
Após identificar o proprietário, a polícia não teve dificuldade de chegar ao suspeito, que já havia cumprido pena por roubo a banco no ano de 2002 e processado por receptação em 2011. O pedaço de para-choque era mesmo da BMW multada na noite do crime na avenida Morangueira. A peça do carro foi fundamental na ligação de Roneys Gomes com os crimes.
Ele é o maior serial killer de Maringá. Ao delegado Diego Elias de Freitas Almeida, quando foi preso em julho de 2015, chegou a confessar seis assassinatos, mas pode passar de dez o número de vítimas. O julgamento de Roneys terá um forte esquema de segurança que está sendo montado pelo Comando da Polícia Militar de Maringá. A sessão do júri acontece no Fórum de Maringá com horário marcado para às 8h da manhã.
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