Um caso impressionante intrigou a Polícia Civil de Maringá esta semana que ajudou a desvendar o desaparecimento de uma mulher que residia no Distrito de Iguatemi.
Há dois meses, a senhora Maria Aparecida Soares, de 53 anos, começou um relacionamento amoroso com Sérgio Ferraz da Silva, de 41 anos, através de aplicativo celular Whatsapp. Entre conversas, encontros e desencontros, Aparecida e Sérgio resolveram morar juntos e foram ter uma vida em comum na cidade de Iguatemi.
Aparecida comprou um automóvel GM Vectra de cor preta para presentear seu amado. No início de outubro, o casal resolveu viajar para Minas Gerais onde Aparecida teria uma herança para receber, e ao mesmo tempo visitar parentes e apresentar seu novo companheiro para a família. Seguiram viagem o casal e mais 3 pessoas da família de Aparecida.
Enquanto estavam na região de Minas Gerais, Aparecida sempre entrava em contato com filhas e irmã que reside aqui na cidade de Maringá, até então tudo bem, pois o tempo da viagem ainda estava dentro do previsto, já que foram no início de outubro e retornariam dia 24 de novembro para Iguatemi.
Ocorre que nesse meio tempo, fatos estranhos ocorreram durante a viagem, já que o destino e estada seria o Estado de Minas Gerais. Em data de 11 de novembro de 2018, a família soube que ela estaria em São Paulo, saindo da casa de parentes em Minas sem dizer que viajaria, saíram com a desculpa que iriam comprar um remédio e não mais retornaram.
Parentes de Minas Gerais preocupados com Aparecida ligaram no celular dela e souberam que Cida e Sérgio estavam em São Paulo na casa de uma prima. A família não entendeu o que estava acontecendo. Dois dias depois de falar com a Aparecida, a família recebeu um áudio da própria Cida dizendo que brigou com o Sérgio e mandou ele embora de ônibus e que ficaria com o carro, como ela não sabia dirigir iria pedir para alguém trazê-la de volta para o Paraná.
Estranhamente a família também recebeu áudio de Sérgio dizendo que Aparecida estaria voltando de ônibus, mas estava com o carro, áudios foram enviados para a família dizendo que ela já teria voltado, mas Aparecida nunca chegou em Maringá. A família que reside em Minas fez um boletim de ocorrência de desaparecimento, mas o rapaz agiu normalmente dizendo que estaria voltando para Maringá, mas foi para a cidade de Campinas.
O que mais intrigou a família foi um áudio enviado a uma das irmãs que reside em Paiçandu dizendo a data, que seria dia 14 de novembro e que teria brigado com Sérgio e que estaria voltando para Maringá, após esse áudio não se teve mais contato com Aparecida, o celular sempre desligado.
Como Aparecida não chegava nunca da viagem, nem de ônibus e nem de carro, a irmã resolveu procurar a delegacia de Maringá e relatar todo o ocorrido. O investigador e chefe da Furtos e Roubos, Everaldo Fernandes, que prontamente atendeu a filha e uma das irmãs de Cida, designou uma equipe para colaborar com o caso.
Apesar da polícia não poder tomar todas as providências pois o fato ocorreu em outro Estado, mas os policiais civis comovidos e também achando estranho toda essa história, foram atrás de familiares de Sérgio e encontraram uma pessoa próxima de Sérgio que ajudou a descobrir o paradeiro dele.
Com a Polícia Civil de Maringá no caso e sabendo que Sergio estaria em Campinas, a polícia daqui ligou para a polícia de Campinas e teve a informação que um corpo carbonizado foi encontrado em uma estrada rural entre as cidades de Jaguariúna e campinas, que até o momento não teria sido identificado. A Polícia Civil de Maringá mesmo sabendo que o boletim de ocorrência de desaparecimento de Aparecida foi feito no estado de Minas, resolveu investigar mais a fundo.
A irmã de Sérgio contou para a Polícia de Maringá que ele tinha uma mulher ou companheira em Campinas e que ele estaria lá. A irmã de Sérgio, instruída pela Polícia Civil de Maringá, viajou para Campinas na noite de segunda-feira (26), e ao ter certeza onde encontrar o irmão, ligou para a Polícia de Campinas. Sérgio Ferraz foi preso em um hotel na manhã desta terça-feira (27) por policiais militares da ROCAM.
Levado para a delegacia, Sérgio confessou o crime aos policiais e disse que o corpo carbonizado encontrado pela polícia de São Paulo em data do dia 13 de novembro era da Aparecida. O suspeito contou com detalhes como matou Cida. Sérgio teria dito que desferiu diversos socos até desmaiar a mulher, depois ateou fogo no corpo da vítima.
Sérgio Ferraz da Silva foi ouvido e autuado no crime de feminicídio e uso de documento falso no qual ele portava no momento da abordagem. Sérgio teria usado o cartão de crédito da Cida onde realizou compras, pagou contas de hotel e motel. O repórter André Almenara conversou no final da tarde com a família de Aparecida.
Parentes contaram que Sérgio deve ter ficado interessado no dinheiro que Aparecida poderia receber. O suspeito também tinha interesse em ficar com o carro que a sua companheira adquiriu recentemente para agradar seu amásio. Uma das irmãs da vítima deverá chegar na manhã de quarta-feira (28) para fazer o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal de Campinas.
O atendimento da Polícia Civil de Maringá em prontamente colaborar com o desaparecimento da Aparecida foi fundamental e importante para a localização do suspeito. A irmã de Sérgio que também ajudou os policiais com informações foi corajosa em denunciar o próprio irmão para a polícia de Campinas.
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