O médico Manuel Pereira Marques, de 67 anos, que é suspeito de mandar matar o irmão será colocado em liberdade nas próximas horas. Manuel está preso desde julho de 2016 após ter sido localizado pela polícia na cidade de Salto (SP), onde residia. O cardiologista ainda é acusado pela justiça de ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime. Garcia Pereira Marques, de 62 anos, o "Português", foi assassinado a tiros em 30 de abril de 2016 em uma estrada rural no final da Avenida Mandacaru.
O advogado criminal de Maringá, Gustavo Tulio Pagani, conseguiu após várias tentativas, no início da tarde desta sexta-feira (27), um Habeas Corpus expedido pela 1ª Câmara Criminal, assinado pelo relator e desembargador, Miguel Kfouri Neto, do Tribunal de Justiça do Paraná, onde por unanimidade de votos, foi concedida a liberdade provisória de seu cliente.
O médico Manuel Pereira Marques, ainda encontra-se recolhido no Quartel de Regimento da Polícia Militar Montada, em Curitiba, até a data de segunda-feira (30), onde no ato de sua soltura será colocado tornozeleira eletrônica para monitoramento, até o dia de seu julgamento que ainda não foi agendado. Com isso, o médico retorna a sua cidade de origem, não seu ausentando da comarca e comparecendo em juízo todo mês para atualização de cadastro.
O repórter André Almenara entrou em contato nesta tarde de sexta-feira, com o advogado Gustavo Pagani, e por telefone, o criminalista relatou que está muito confiante com a absolvição de seu cliente e satisfeito com a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná.
Relembre o caso:
O motivo do crime foi por causa de uma herança deixada pelo pai de Manuel e Garcia no valor de 10 milhões de reais. A vítima teria descoberto que seu irmão estava fazendo saques da conta bancária dos pais, e isso teria deixado o português revoltado. O cardiologista por sua vez teria prometido 1 milhão de reais para Cosme Bombachini executar a morte de Garcia.
Na época do crime de homicídio, o senhor Garcia Pereira morava junto com a filha e o genro em uma residência no Jardim Monte Rey. Em uma das declarações, Bombachini disse na delegacia que ele e a empregada Lenice eram humilhados diariamente pelo Garcia. Cosme e Lenice entraram em um acordo financeiro e decidiram colocar fim na vida do senhor Garcia.
Cosme Alexandre Bombachini, de 32 anos, que planejou a morte do sogro, o senhor Garcia Pereira Marques, foi julgado no dia 6 de junho de 2018 no Fórum de Maringá. Cosme foi condenado em 14 anos e 1 mês de prisão em regime fechado por homicídio com três qualificadoras. A diarista Lenice Mariano Pereira, de 40 anos, acusada de atirar e matar o agropecuarista Garcia Pereira Marques, foi condenada no dia 29 de agosto de 2018 em 20 anos de prisão em regime fechado.
A ré foi condenada em 15 anos por homicídio duplamente qualificado e cinco anos pela dissimulação. Ela foi absolvida da ocultação de cadáver e da falsa comunicação de crime. Daiane Elias Luz, de 29 anos, que é amiga de Lenice, deu carona para levar a autora do crime até a estrada rural onde o fazendeiro Garcia Pereira foi executado. Daiane Elias está fora da cadeia aguardando julgamento.
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