O homem acusado de matar o sogro, um fazendeiro português, em Maringá, foi condenado a 14 anos e 1 mês de prisão em regime fechado por homicídio com três qualificadoras. O julgamento ocorreu na quarta-feira (6) no Fórum e começou por volta das 9h e terminou às 20h30. O crime aconteceu em abril de 2016, quatro dias depois o genro da vítima e mais duas mulheres foram presos pela Delegacia de Homicídios de Maringá por envolvimento na morte.

Uma das mulheres trabalhava como diarista na casa da vítima. De acordo com o Ministério Público do Paraná, Cosme Alexandre Bombachini, de 34 anos, planejou a morte do sogro, Garcia Pereira Marques, que na época tinha 62 anos. As investigações mostraram que Cosme Bombachini teria chamado Marques para ir a uma farmácia. No caminho, eles foram abordados pelas mulheres, que forjaram um assalto. A vítima foi levada pelo grupo para uma estrada rural no final da Avenida Mandacaru onde foi assassinada a tiros.

No dia do crime, Cosme fez um procurou a delegacia da Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência informando que o sogro teria sido vítima de um roubo seguido de sequestro. A Polícia Civil conseguiu imagens de câmeras de segurança da região que mostram o carro onde estariam a vítima e o genro. Atrás do veículo, as imagens mostram outro automóvel onde estariam as duas mulheres.

Na conclusão do inquérito, a D.H concluiu que os três acusados tiveram participação na morte de Garcia Marques e que o irmão dele, o médico cardiologista, Manuel Pereira Marques, de 64 anos, que trabalhava no interior de São Paulo, teria sido o mandante do crime. A motivação teria sido a briga por uma herança deixa pelo pai. 

O médico está preso em Curitiba e aguarda julgamento. De acordo com as investigações, ele teria oferecido R$ 1 milhão pela morte do irmão. Em agosto de 2017, a diarista Lenice Mariano Pereira, de 39 anos, que trabalhava na casa de Cosme, foi condenada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado, sendo apontada como a pessoa que atirou e matou o fazendeiro. Já Daiane Elias Luz, de 29 anos, motorista que levou Lenice até o local do crime, ainda aguarda julgamento em liberdade.

Os advogados de defesa, Willian Francis de Oliveira, Fausto Augusto Mochi e Altair Gonçalves de Barros, disseram que o cliente confessou a participação na morte do sogro e que a estratégia era reduzir a pena. Bombachini já cumpriu três anos de prisão, sendo dois anos e 1 mês em regime fechado. Os advogados disseram que não pretendem recorrer da decisão da sentença.

Homem que planejou a morte do sogro é condenado em Maringá
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