O desfecho de uma ocorrência policial poderia ter causado troca de tiros entre policiais de Maringá e de Tocantins. No final da tarde desta terça-feira (17), a Denarc de Palmas veio a Maringá para cumprir um mandado de prisão contra Pâmela Martins Ribeiro, de 27 anos, acusada de crime de tráfico de drogas. Os policiais esperaram a suspeita sair de um salão de beleza onde trabalhava como manicure para dar o "bote".
Os policiais ocupando uma camionete VW Amarok com placas de Tocantins cercaram a mulher, se identificaram como sendo policiais, algemaram a mesma e a colocaram na viatura descaracterizada. A ação policial na área central deixou pessoas assustadas. Amigas de Pâmela foram comunicadas ainda no salão que a funcionária teria sido sequestrada por vários homens.
Uma equipe da PM foi comunicada sobre o fato e imediatamente ligou para as delegacias da Polícia Federal e Civil perguntando se uma mulher tinha sido presa por homens em uma camionete prata. A resposta foi que não. Enquanto isso, a suspeita que estava em poder dos policiais de Tocantins levou a Denarc até sua residência onde estavam seus quatro filhos.
Durante esse intervalo, a Polícia Civil de Maringá se mobilizou com vários policiais para cuidar do caso. Policiais do TIGRE de Curitiba já tinham sido comunicados sobre o possível sequestro e já estavam em prontidão para qualquer eventualidade. A Denarc de Tocantins só foi comunicar o 190 da PM de Maringá quando a suspeita já estava sendo encaminhada para a delegacia da Polícia Civil.
Para o delegado-chefe da 9ª SDP, Pedro Fontana, os policiais poderiam ter comparecido na delegacia e comunicado que estavam na cidade para cumprir uma ordem judicial. Para um investigador de Maringá, faltou ética da parte dos policiais de fora. "Esse tipo de ação poderia ter causado tiroteio entre as polícias", disse o investigador.
Em um primeiro momento, a polícia de Maringá achou que poderia se tratar de um sequestro relâmpago. Os policiais da Denarc de Tocantins disseram que agiram dentro da legalidade. Pâmela Martins Ribeiro ficará detida no setor de carceragem da Polícia Civil de Maringá. Provavelmente ela será transferida para uma cadeia do Estado de Tocantins.
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