Falta de viaturas e de policiais deixa Paiçandu com sensação de insegurança

A cidade de Paiçandu vive o pior momento quando o assunto é segurança. A falta de policiais militares e de viaturas no patrulhamento ostensivo fez aumentar o índice de criminalidade.

Até agora foram 19 homicídios contabilizados, contra 7 homicídios ocorridos no ano todo de 2016. Atualmente, duas viaturas da PM fazem todo o atendimento da cidade de Paiçandu, entre eles, ocorrência de furto, roubo, acidente de trânsito, homicídio, ou seja, se ocorrer mais de três ocorrências policiais simultaneamente, alguém ficará sem atendimento imediato.

A população que paga impostos municipais, estaduais e federais tem o direito de pedir mais segurança. Os moradores de Paiçandu estão com medo de sair a noite para comer um lanche. Em um dos casos, o atirador passou na frente de uma tabacaria atirando em todos que ali estavam.

Três jovens foram baleados, um morreu. Na Polícia Civil da cidade não é diferente. A cidade tem apenas um delegado e dois investigadores. O próprio delegado Mateus Ganzer, que assumiu em abril a delegacia assumiu em outra reportagem que a criminalidade aumentou, mas colocou a culpa no efetivo policial.

A função da Polícia Civil é investigar, identificar e prender criminosos. A falta de investigadores acaba refletindo no aumento da criminalidade. Se a cidade de Paiçandu tivesse um número razoável de policiais civis, muitos bandidos estariam presos. O delegado de Paiçandu está fazendo o serviço como pode, mas não tá fácil.

Não há uma previsão de reforço policial na cidade, não tem previsão de concurso para contratação de novos policiais, muito menos de viaturas. Os policiais estão fazendo um esforço grande para tentar limpar a imagem negativa da cidade, mas um policial que não quis se identificar disse que é praticamente impossível mudar a situação se o Governo do Estado não enviar veículos e efetivo policial.

Uma camionete nova que foi adquirida pela prefeitura de Paiçandu para ser usada pela ROTAM está encostada porque falta assinatura da Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Os moradores dizem que falta empenho de todos na cidade, do Comando da PM, do Conseg que é o Conselho Comunitário de Segurança, e dos próprios políticos da cidade. Os números comparados de 2016 para 2017 são preocupantes.