No final da tarde desta quarta-feira (28), Diego Batista da Silva, 22 anos, procurou a Delegacia da Polícia Civil de Sarandi para se entregar após ter cometido um crime de homicídio e ainda ter atirado contra a vida de outras duas pessoas. Acompanhado de seu advogado, o criminalista Emerson Farias, Diego entregou um revólver calibre 22 e em depoimento ao delegado Reginaldo Caetano da Silva, confessou a autoria. Na noite de terça-feira (27) no Jardim Bom Pastor, três pessoas foram baleadas por Diego. Alcione Oliveira dos Santos de 29 anos foi atingido na cabeça e peito e entrou em óbito no local. Moisés Nascimento Camilo de 33 anos e a esposa Aline Caetano da Silva de 32 foram baleados e continuam internados em estado grave. Em interrogatório, Diego Batista disse que no sábado passado enquanto se dirigia ao mercado com a esposa, Moisés teria feito uma brincadeira chamando o autor do crime de cunhado, brincadeira que Diego não aceitou até porque a mulher não era sua irmã e sim esposa. No momento da brincadeira houve uma discussão e nada mais. No dia seguinte, Diego percebeu que Moisés estava rondando em frente a sua casa no Jardim Universal armado com faca e fazendo ameaças. Temendo pela sua vida e da família, o autor do crime decidiu comprar uma arma de fogo que adquiriu na Praça Raposo Tavares em Maringá na terça-feira (27) pagando o valor de 1.500 reais. No início da noite do mesmo dia, Diego e sua esposa foram atrás de Moisés para esclarecer as ameaças. O autor do assassinato encontrou Moisés, Alcione e Aline no Jardim Bom Pastor onde aconteceu os disparos. De acordo com o depoimento apresentado a autoridade policial, Diego foi surpreendido por Alcione segurando um capacete tentando atacar o autor que sacou do revólver efetuando dois disparos contra a vítima que tombou morta. Moisés que seria o causador da confusão ficou apavorado e tentou se esconder atrás da esposa quando também foi baleado por duas vezes. Um dos tiros disparado por Diego acabou ferindo Aline. Diego Batista da Silva que não tem antecedentes criminais e que tem emprego fixo disse ao repórter André Almenara que não tinha intenção de atirar em ninguém, mas que teve que agir em legítima defesa para não morrer. Após o término do depoimento, o delegado Reginaldo Caetano da Silva liberou o autor para responder os crimes em liberdade. O delegado ainda destacou que sua equipe ficou a madrugada toda após o crime em diligências em busca de informações e do autor dos crimes, isso fez com que o autor procurasse advogado para se apresentar na delegacia.
André Almenara