O Comando do 4º Batalhão da Polícia Militar de Maringá concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (25) para falar sobre o crime de assassinato contra o adolescente Jadson José de Oliveira de 17 anos, cujo o corpo foi localizado na semana passada em uma zona rural no município de Sarandi. A vítima foi localizada com tiro na cabeça por um agricultor que passava pela estrada. Desde que o adolescente Jadson desapareceu, a família do menor acusava os policiais militares de Sarandi de serem os responsáveis pelo sumiço e morte do filho. Uma abordagem policial feita por dois soldados da PM de Sarandi aconteceu no dia 10 de agosto por volta das 21 horas, onde três suspeitos foram revistados. Como os militares não localizaram nenhum tipo de ilícito, dois foram liberados, mas Jadson permaneceu retido com os policiais militares no local da abordagem. O adolescente, mesmo com apenas 17 anos, consta com uma ficha criminal extensa por furto e tráfico de drogas. Uma câmera de segurança de um estabelecimento mostrou realmente que a viatura abordou os três jovens, porém, não mostra a polícia levando o Jadson José de Oliveira. No último dia 17, o corpo do menor foi localizado. Diante das acusações da família e de algumas evidências levantadas pela Polícia Militar e Civil de Sarandi, chegaram a conclusão que os principais suspeitos seriam os policiais militares que o abordaram em data de 10 de agosto. O delegado Reginaldo Caetano, responsável pelas investigações, ouviu em depoimento os dois soldados no mesmo dia em que o corpo do adolescente foi encontrado. Os policiais confirmaram que houve a abordagem, mas que os suspeitos foram todos liberados. Na noite desta quarta-feira (24), um dos policiais que tem 31 anos de idade e 2 anos de carreira militar, se apresentou com advogado na Delegacia da Polícia Civil de Sarandi. Em sua declaração, o soldado confessou que ele e seu parceiro de 37 anos e 6 anos de carreira policial levaram o adolescente até o local onde o corpo foi encontrado. O policial mais novo disse que abriu o camburão e retirou Jadson, foi quando o parceiro de 37 anos levou a vítima na frente da viatura e efetuou dois disparos de arma de fogo. Após ter consumado o crime, os dois policiais foram até a Companhia da Polícia Militar de Sarandi e teriam lavado os cuturnos, e na sequência deslocados até a Upa de Sarandi para atender uma outra ocorrência. Na tarde desta quinta-feira (25), O Subcomandante do 4º Batalhão, Major Carlos Henrique Cardozo, concedeu uma entrevista coletiva onde disse que o soldado de 31 anos compareceu na DP de Sarandi na noite de ontem com advogado e confessado a autoria do crime, mas que o seu parceiro de 37 anos foi quem disparou a arma contra o adolescente Jadson. O policial relata que está fazendo essa denúncia porque já teria sofrido ameaças de morte, inclusive ameaças contra a sua família. O soldado que acusa o parceiro de assassinato, não soube dizer qual arma foi usada, se seria uma pistola pertencente à corporação ou uma arma de uso particular. Depois que o soldado de 31 anos saiu da delegacia, o seu advogado apresentou seu cliente na sede do Batalhão de Maringá onde também foi ouvido por vários oficiais. No depoimento no 4º Batalhão, o soldado manteve a mesma declaração acusando diretamente seu companheiro de trabalho como sendo o responsável pelo homicícido. O acusado de 37 anos declarou também na noite de quarta-feira que abordou os suspeitos mas que liberou os mesmos para atender uma ocorrência na Upa de Sarandi, e que desconhece essas acusações a seu respeito. O Major Carlos Henrique Cardozo, confirmou que os dois policiais suspeitos pela morte do adolescente não estão presos, mas estão recolhidos trabalhando internamente no 4º Batalhão. Nomes não serão divulgados por hora pelo Comando da Polícia Militar de Maringá. As armas usadas pelos policiais em horário de trabalho e as particulares foram apreendidas para um confronto balístico. Além do inquérito policial feito pela Polícia Civil de Sarandi, há também um inquérito policial militar para apurar as acusações e no final apontar se há crime militar.
Atualizado: A família de Jadson José de Oliveira procurou a reportagem na manhã desta sexta-feira (26) para dizer que o adolescente não tinha passagem pelo crime de estupro. Edna, que é a mãe do menino, disse desconhecer essa passagem pela polícia.
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